terça-feira, 23 de novembro de 2010

Em memória do rato

Colocam uma médica pseudo-professora a lidar com ratos e dá nisto!

Colocar o primeiro rato numa "coisa" da vidro com éter foi divertido... Parecia bêbado, caía para trás sobre a sua gordura concentrada no abdómen e glúteos. Depois quando a começou realmente a fazer efeito deixei de me divertir para começar a ter pena: pobre rato, estava tão assustado... Devia estar a ver tudo turvo, e todos os seus sensores estavam activados ao máximo em resposta - tinha de sobreviver... 
O outro ratinho foi colocado na mesma "coisa" com clorofórmio... A professora esqueceu-se foi que o éter ainda não tinha evaporado e apesar de eu ter dito para colocar só metade da dose, ainda assim não correu bem... O ratinho deixou de se conseguir mexer e depois os seus olhinhos vermelhos perderam a cor... Eu disse "professora...o rato morreu..." E senti tanta...não sei descrever! Foi horrível! Um animal morto porque a dose foi letal, por descuido! Detestei a prof nesse momento! Ainda tentaram reanima-lo com massagem cardíaca, (e pensam: é possível? sim é...retrogrado e inventado, mas é)... E agora perguntam "resultou?" - e eu eu digo "Não!"...

Então pronto: o meu dia hoje ficou marcado pela memória do ratinho... é o que dá deixarem uma médica pseudo-professora mexer em ratos!

3 comentários:

  1. Mais um nascido e criado em favor do Homem. Pena o final indigno deste pobre coitado..enfim.

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  2. :(
    Pobres animais...e no final das contas, esse experimento serviu para o aprendizado?

    Quanto tempo não passava por aqui! :)
    Vejo que está ficando maluca com farmacologia hahaha logo mais serei eu!

    Enfim, bom fim de semestre para você :)

    Beijos de seu amigo do Sul ;)

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  3. Assisti na primeira fila a este acidente, sim, acidente. Fui um dos elementos que tentou reanimar o animal, tarde de mais, é certo, mas ainda assim, tentei. Há um provérbio Indiano que traduz bem o que senti ao ler este teu post Juliana: "Quando falares, cuida para que as tuas palavras sejam melhores que o silêncio". Não te estou a dizer isto simplesmente para te aborrecer, para me armar em engraçado e muito menos para gozar a situação. Digo isto porque acho que não deves ser tão severa a julgar as pessoas pelos erros que cometem. A Professora ficou extremamente irritada com o sucedido. Falas como se o seu objectivo fosse, como não foi, matar o animal, como se tudo aquilo lhe tivesse dado prazer. Foi a primeira vez que lhe aconteceu e, provavelmente, a última.
    É fácil julgar as pessoas, é fácil atirar pedras quando o julgado não se podem defender. Se isto é de facto o que pensas, se achas de facto que está errado e que o método não é o melhor, deves dizê-lo directamente às pessoas, deves dizê-lo na cara e defender o teu ponto de vista, como pessoa adulta que acho que és.
    Não escreves mal, aliás, escreves bastante bem! Mas peço-te que, quando não tiveres nada para escrever, não escrevas e, acima de tudo, que penses naquilo que vais escrever...
    Esta é apenas a minha opinião, vale o que vale.


    Manuel Coroa

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