sábado, 24 de setembro de 2011

Reiki nível 1

Hoje foi o grande dia em que tirei finalmente o nível 1 de Reiki!

Durante a manha, enquanto o mestre explicava os princípios do Reiki e falava um pouco sobre eles, senti que tinha de mudar a 100% para conseguir um dia tornar-me uma boa Reikiana... Tudo o que sou, é o perfeito oposto do que se deve ser!

"Só por hoje.... sou calma (calma? eu? mais nervosa e ansiosa não existe)
                        sou confiante (confiança?...não...sinto-me sempre uma formiga)
                        sou grata (vá, este eu sou, todos os dias..vá...quase sempre)
                        trabalho duro e com entusiasmo (tirando as vezes que me entrego à preguiça...)
                        sou compassiva para com os outros (vá.... este talvez passe)"

E é isto que vai custar muito: Reiki não é uma terapia, é uma arte e pressupõe um rearranjo mental que na maior parte das vezes vai contra tudo aquilo que é mais prático e cómodo ser. Não se baseia somente na imposição das mãos. Na verdade, esta é apenas um dos 5 elementos do Reiki.
E hoje praticamos 3/5 elementos e concretizamos 1/5. O outro que falta aqui nesta contagem só se aprende no Nível 2.
O elemento que concretizamos hoje foi o Reiju, que quer dizer "sincronização" ou "bênção do mestre". Foi dos momentos mais únicos do dia. Cada um de nós sentou-se numa cadeira no centro do grupo e foi "desbloqueado" e introduzido ao Reiki. As mãos do mestre cheiravam a lavanda e ferviam e mesmo Sem me tocar consegui sentir esse calor e essa paz... Depois de todos nós estarmos sincronizados, voltamos a praticar e os resultados foram verdadeiramente diferentes!
Mais no fim praticamos uns nos outros, aos pares e esse foi outro momento auge do dia. Ao tocar na cabeça da colega a quem estava a fazer Reiki, senti as minhas mãos arderem... Mas só nesse ponto. Em todos os outros, senti-as quentes, mas não assim. Quando terminamos contei-lhe o que tinha sentido e ela disse ter sentido o mesmo.... E aquele calor era devido a quê? A harmonização da energia da cabeça, que por estar bloqueada fazia com que ela frequentemente tivesse enxaquecas! ADOREI!
Outro rapaz, ao fazer a imposição das mãos no pescoço do seu par começou a sentir dores no seu próprio pescoço. No final viemos a saber que a sua colega acordava todos os dias com dores nessa região e o mestre explicou que sentir momentaneamente a dor de alguém é a forma particular de sabermos que estamos num ponto bloqueado!

Enfim...
Agora tenho que agarrar nisto a sério: praticar pelo menos 2x/dia...
Lá se vão os meus 15 minutos preferidos se sono... aqueles imediatamente antes do despertador tocar! Mas como disse o mestre, "mais vale perder 15 minutos de sono, do que um dia inteiro" (isto para explicar que um Reikiano que não pratica, acaba por deixar que a sua energia enfraqueça, o que pode ser perigoso por si e destrutivo para os outros).

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Regresso a Casa (continuação)

E tudo voltou, hoje, às 7h30, hora a que o meu despertador tocou. Voltou o entusiasmo, o medo de falhar, os planos de estudo, as horas com os amigos, as voltinhas pela cidade, o sonhar... EU voltei, para o 4º ano!
Chegar à sala e encontrar as caras conhecidas foi o mais fácil. Encarar o discurso do professor de Epidemiologia sobre a audácia para sermos melhores, sobre as consequências do comportamento, e passo a citar "na política, na cultura, no social, no económico, no comportamental, no desenvolvimento" e em tudo o que queiram imaginar foi chocante. Ele tinha razão: somos mais velhos, demos mais um passo e daqui a nada somos médicos... Esta é a ideia que assusta e fascina todos os alunos de Medicina: a ideia de responsabilidades acrescidas a cada novo ano...
Consegui também finalmente organizar as minhas ideias quanto à minha tese de mestrado: definitivamente não vou fazer investigação, não quero ser rato de laboratório. Por muito interessante que pudesse vir a ser o meu tema, teria sempre de todos os dias ir repetir o mesmo: pipetar quantidades minúsculas disto e daquilo para ver o que acontecia e colocar na incubadora e bla bla bla... Decidi que vou fazer um relatório sobre alguma experiência interessante. Tenho duas em mente, e as oportunidades dirão qual a melhor.
De resto nada mudou: Coimbra continua igual, com o mesmo espeírito, o mesmo ambiente... Gostei de regressar a casa.

sábado, 3 de setembro de 2011

Regresso a Casa


Após uma semana em Vila Cova de Alva para umas férias tranquilas volto a casa. Pijama, filmes, sandes de queijo e costura vão preencher a última semana da pausa de verão. Depois, e só depois, regresso a casa. Irei voltar para a cidade que me acolhe durante todo o ano, para aquelas praças cheias de pessoas novas, prontas para começar um curso. Para a faculdade que, de velhinha, já quase só recebe turistas. Nós, os estudantes, voltamos para o Pólo III, das Ciências da Saúde, bem perto dos Hospitais.
Mas não sei ao certo se estou preparada. De Vila Cova dei um salto a Coimbra para tratar de assuntos burocráticos antes de fazer a viagem para o Porto. Ao entrar na cidade não senti alegria nem aquele “home, sweet home!”, mas também não me senti desconfortável ou pressionada. Creio que esse é o efeito do passar dos anos… Já sei de cor todas as ruas e cruzamentos, sei as horas a que passam os autocarros que mais uso, conheço o tipo de pessoas que lá se encontram e sei que dia da semana estou pelas pessoas e carros que se encontram na rua. Aproxima-se o 4º ano em que lá vivo.
De qualquer forma, uma coisa é certa: não trocava aquela cidade por nenhuma outra para estudar e para viver. É, de facto, a Cidade dos Estudantes e apesar de esta semana não ter sentido aquela alegria, sei que no próximo sábado irei sentir que estou a regressar a casa.