terça-feira, 14 de junho de 2011

...de volta à rotina das madrugadas...

São 8h20; já é tarde. A biblioteca está a começar a encher, mas ainda existem imensos lugares de vago - daqui a meia hora, já não há onde sentar. Todos procuram o mesmo, mas o quê? Será um lugar silencioso para se concentrarem melhor?

Não, na verdade todos querem companhia, alguém ao lado que também esteja na mesma tarefa. Na verdade queremos salas cheias de pessoas desconhecidas que são, na pré-época de exames, dos nossos melhores amigos, porque nos incentivam a estudar somente com a sua presença. 
Em casa as coisas processam-se de um modo mais lento, tudo custa mais. Como não temos ninguém para nos julgar inconscientemente, olhando-nos de lado com aquela cara de "não tens nada para fazer?!", deixamo-nos estar tranquilos dentro da nossa lentidão. Podemos passar todo o dia sentados em frente à secretária, mas estudar de verdade, nó máximo umas 4 horas...

Portanto deixo aqui o meu conselho: estudar para exames? Numa biblioteca bem requisitada, mas silenciosa, de preferência escolar, para que quem a frequenta tenha sensivelmente a mesma idade. Mesmo que venham com os pc's navegar na Internet, vamos sempre achar que estão a fazer uma super tese de mestrado e vamos pensar "vá, estuda para lá chegares..."

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Brincar aos Médicos

Aquilo tomou uma proporção tão grande que bastava pensar no assunto para o meu choque da ponta produzir um efeito vibratório em toda a roupa que trazia da parte de cima. Passei horas a imaginar possíveis conversas com os doentinhos, a decorar o que se teria de fazer em determinada situação... Hoje de manhã os nervos foram tão grandes que não os conseguia esconder.

Objectivo: avaliar como fazemos uma entrevista clinica e fazer um exame físico dirigido. Saberem se fazemos as perguntas certas, consoante os sintomas, criar empatia com o doente, explicar-lhe o que estamos a fazer e porquê sempre que necessário.

Júri: assistentes da propedeutica medica e cirurgica.

Maior dificuldade: o facto dos dois médicos assistirem a entrevista do inicio ao fim e poderem interromper para perguntar coisas do tipo "porquê que estás a fazer isso?" ou "qual a melhor manobra para testar aquilo?"

Vantagens: colocarem-nos a prova desde cedo. Fazer uma historia clinica a frente de medicos mais velhos vai ser o pao nosso de cada dia pela vida fora. Quanto mais cedo começarmos, mais desculpa temos se falharmos agora e mais experiência acumulamos para a jornada seguinte. O facto de não termos muito tempo e de ser individual ajuda bastante: o tempo é gasto por nós com o doente e não em perguntas teoricas numa oral com os professores, como numa anatomia.

Balanço final: finalmente alguma cadeira da universidade de coimbra avalia no exame prático aptidoes praticas, como todas as que têm que estar inerentes num exame fisico. Não importava se eu sabia os genes mutados da doença do senhor, só importava que eu sabia que era necessário fazer um Murphy e o porquê. No exame teorico podem perguntar tudo isso... Genes e cromossomas e fisiopatologia e etc...
Gostei.