Tal como tinha prometido, deixo aqui fotografias que já andava a prometer desde o séc. VI a.C.
- Praxe no Botânico: o objectivo é testar os caloiros e fazer daquilo uma grande brincadeira. Colocam-se os caloiros na borda de uma grande lado do Jardim do Botânico de Coimbra. Os doutores dizem "saltem" e alguns, os mais espertinhos, saltam para cima. Os mais aventureiros saltam para dentro do lado (cuja agua vai quase ate ao pescoço). Basta um, e apenas um, saltar para a água e todos os outros têm de fazer o mesmo - o chamado espírito de manada.
Este ano resultou muito bem. Ao primeiro "saltem" mais de 10 saltaram (este ano os caloiros têm um amor à camisola...) e depois os outros saltaram todos sem ser preciso dizer nada! Foi fantástico! À mistura, e para matar as saudades, muitos doutores saltaram também. Depois ficam todos dentro do lado a cantar músicas alusivas ao curso e a Coimbra. Maravilhoso...
Por causa destas coisas, os doutores da praxe são vistos pelos mais novos como "amigos", não como "autoridades severas". E é por isso que a PRAXE em Coimbra é como é: na paz. É verdade que muitos facilitam, nem vestem bem a Capa e Batina, mas a maioria é facilmente chamada à razão e corrige a sua actuação.
No meu primeiro ano nem fui à praxe do Botânico. Detestava a praxe, fugia o quanto podia e acabei por perder imensas coisinhas engraçadas. Só quando me tornei "semi-puto" e agora ainda mais, como "candeeiro", ao receber os novos caloiros, é que percebi que só assim faz sentido. Eles fazem tudo o que lhes mandam, desde as coisas mais estúpidas às mais engraçadas, têm espírito de iniciativa e de manada, e tudo por orgulho ao curso. Aprendi bastante com eles...
- O meu querido estetoscópio!