(Siddartha Gautama, o Buddha, Kalama Sutra 17:49)
Quando comecei a ganhar algum discernimento espiritual, pouquíssimo diga-se, porque o meu caminho ainda é longo, haviam determinadas coisas que me haviam sido ditas que não conseguia compreender. Acreditava no que tinha sido ensinada a acreditar. E posso dizer sem remorsos ou vergonha que acreditei com taaaanta força...
Não sei como começou a mudança, não sei ao certo quando deixei de ouvir o que me repetiam para passar a ver as coisas com o coração, mas algo aconteceu. Talvez tenha racionalizado o Deus que me queriam impor, e tenho a certeza que passei muito tempo a pensar sobre o assunto. Comecei a ler livros sobre outras visões e iniciei uma caminhada diferente. Fui a algumas sessões de Meditação (Zazen) e um dia, num conversa, um amigo budista que já faz zazen há muito tempo disse-me "oh, estas no ponto sem retorno...a solução é continuar a caminhar." E eu assim fiz. Continuei a ler, a confrontar a minha inteligência.
Todos aqueles medos que me impediam de admitir que não concordava com a maioria dos mistérios do Cristianismo foram desfeitos. Neste contexto, acho que a frase de Buddha se adequa perfeitamente ao que penso que se vive por esse mundo fora: fomos habituados a acreditar em determinadas coisas sem as questionarmos e sem conhecermos o seu autor. Quem conta e reconta um conto, acrescenta sempre um ponto, já se diz há muito e a pessoa que dizem ter criado o Cristianismo, afinal era um dos mais rigorosos Judeus. De onde nasceu o Cristianismo então?
Percebi que a imagem que criaram de Deus não é a imagem que vejo e hoje.
Aliado a isto começou a aumentar o conhecimento sobre um filosofia de vida tão simples e tão peculiar que me apaixonou e me respondeu a todas as dúvidas. Hoje, sem qualquer dúvida, posso dizer que me converti ao budismo zen.
E porque isto é um blog de uma pessoa em tudo igual às demais, muito antes de ser estudante de medicina, não pude deixar de escrever o que sentia, fora de um contexto escolar. Perdoem-me se firo susceptibilidades, mas não é esse o objectivo. Como diz Dalai Lama, é importante respeitar todas as religiões porque no fundo todas buscam o mesmo - a felicidade.
Eu sou uma admiradora das filosofias orientais. Não sou budista. Sou cristã e Espírita. Mas admiro toda forma de expressão de crenças e opiniões. Acredito que tenha feito uma otima escolha, estas agora em um caminho lindo... Acho que quando escolhemos uma filosofia espiritualista, é meio que um caminho sem volta, entende? A gente nunca mais é a mesma pessoa, vai se tornando uma pessoa melhor a cada dia.
ResponderEliminarNamastê.
Olá, estava a ler-te e parecia que ouvia a minha nina após ter tido as primeiras aulas de filosofia o ano passado (10º).
ResponderEliminarCada caminho tem muitas entradas e saídas e nem sempre o mais óbvio é aquele que entendemos como nosso.
Tu vives já intensamente, parece-me, as ceretzas que já foste encontrando, outras virão com o tempo.
Ela vive ainda a angústia da dúvida, pois o seu caminho só agora é consciente do que sabe, do que pode avlidar e sobretudo do que ela poderá realmente querer viver.
Não peças perdão pelo que acreditas pois dessa fé nasce a tua felicidade.
Agradeço a partilha.
Fica bem,
Flora
Olá, que livros leste e que aconselhas? obrigada beijinho
ResponderEliminarOla!!! (num proxima deixem um nome... =p )
EliminarEu li "dalai lama um guia para a vida" e adorei mesmo... Acho que todos deveriam ler este livro.
Depois li "dalai lama e o sucesso profissional" ou algo assim, e li outro de outro autor que nao me lembro mesmo...
Desculpa a demora na resposta. Ve em "os meus livros" do meu blog o nome do outro.