domingo, 12 de dezembro de 2010

Reflexões sem lógica

Há dias assim, em que sem se ter nada para dizer em concreto, nos apetece falar...

Acho que desde que me conheço sinto esta vontade: pegar em meia dúzia de peças de roupa, no estojo pessoal e colocar uma mochila às costas e simplesmente ir... Voar até Londres, ir de comboio ate Paris e de lá ate Roma... Parar um dia ali, parar 3 ou 4 noutro sítio qualquer... Levar pilhas extra para a máquina fotográfica e fotografar as coisas mais simples, que existem em todo lado, mas que por não serem portuguesas, são diferentes. 
Sempre senti necessidade desta liberdade e sinto-me presa sempre que penso que não o poderei fazer, pelo menos enquanto não "viver sozinha", sem as regras dos pais, enquanto não poder sustentar sozinha essa viagem, que sem destino nem tempo limite, iria com certeza gastar muito dinheiro...

Hoje "regressei" ou velho hábito de ir à missa. A última vez que o tinha feito foi no último fim de semana que cá fiquei para estudar, já nem me lembro quanto tempo passou... Quando dizerem algo contra a religião, contra Deus, contra a forma de estar no mundo sendo-se cristão ou algo assim, instintivamente penso: "Poderei eu aceitar este argumento?". E normalmente não o aceito, porque tenho contra-argumentos, e isso não me abala. Até que comecei a ler um livro e não soube fazê-lo, e aquilo a que chamava de fé debateu-se. Porém, por fé ou não, acho que todos deveriam ouvir as sábias palavras do padre que celebra a missa no hospital, porque aquilo que ele expressa é o que o mundo todo deveria seguir, ser, sentir, não só os cristãos... Fiquei feliz ao descobrir que afinal também há missa aos sábados e aos domingos às 17h15: já não há desculpa para faltar a sessão de reflexão semanal.

Percebo agora que há dias em que mais do que querer falar, nos queremos é distrair, esconder um pouco a solidão de passar um fim de semana em Coimbra sem os amigos, sem a agitação do dia a dia, sem as conversas... Acho que foi por isso que vim escrever, para fazer o tempo passar, para adiar um pouco o acto de estudar: não por não gostar, não por não precisar, mas porque isso me fecha num quarto... E lá voltamos nós à definição de liberdade, que falei em cima.

Sim, estava a escrever o que me apetecia, sem ordem ou sentido lógico, mas acho que já percebo...

1 comentário:

  1. Já te disse mas torno a dizer: low cost! Talvez te venhas a surpreender com o quão barato poder ser ir tirar umas fotos de mochila às costas na terra dos avec´s ou dos beef's :)

    Beijinho

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